Foi homologado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta terça-feira, dia 20, o reajuste anual das tarifas de energia elétrica da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.). A partir do dia 22 de agosto, as novas tarifas entrarão em vigor em toda a área de concessão da empresa.
O aumento médio ao consumidor será de 3,02%, ficando abaixo da inflação de 4,50% registrada no período pelo índice IPCA. Com isso, a Celesc manterá uma das tarifas mais baixas do país. "Comparando com as outras concessionárias com mais de 500 mil consumidores, continuaremos com uma das tarifas mais baixas do país", destaca Tarcísio Estefano Rosa, presidente da Companhia.
O reajuste será diferente para os dois grupos de consumidores. Para o Grupo A, que inclui indústrias e grandes empresas com fornecimento em alta tensão, o aumento será de 0,75%. Essa medida visa manter a competitividade do setor industrial em Santa Catarina pelo segundo ano consecutivo. Já para os consumidores do Grupo B, que englobam residências, pequenos comércios e consumidores rurais conectados em baixa tensão, o reajuste será de 4,19%. A Celesc justifica que esse é o menor impacto possível para esse grupo.
O novo valor das tarifas é resultado dos custos com a compra de energia e dos componentes financeiros do ciclo anterior. Pilar Sabino, diretora de Gestão de Energia e Regulação da Celesc, esclarece que "a maior parte do valor pago na conta de luz não fica integralmente com a Celesc. A cada R$ 100 pagos pelo cliente, apenas R$ 16,40 permanecem com a Companhia."
Esse reajuste abaixo da média pelo segundo ano seguido é visto como uma boa notícia para o setor econômico. Tarcísio Estefano Rosa ressalta que "essa boa notícia contribui para a atração de novos investimentos, reforçando o crescimento econômico sustentável dentro da nossa área de concessão. Ao promover um ambiente favorável para o desenvolvimento industrial, geramos mais empregos, ampliamos o poder de consumo e fortalecemos a economia do nosso Estado."
Em 2023, a Celesc teve uma redução tarifária de 0,81%, e para 2024, o reajuste foi de apenas 1,18%. A menor exposição do Grupo A aos Encargos Setoriais e ao Transporte de Energia, que tiveram redução, contribuiu para esse resultado favorável.