O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, reacendeu o debate sobre gramados sintéticos no futebol brasileiro em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira. O dirigente, conhecido por sua posição contrária a esse tipo de campo, criticou a justificativa de redução de custos, alfinetou o Botafogo e comentou a decisão recente do Palmeiras de não atuar em seu estádio até a manutenção do gramado sintético.
Bittencourt destacou sua preferência por títulos em detrimento de shows, afirmando: "Dizem que sintético diminui o custo. Mas, se você tem um clube de futebol e não consegue manter um campo de grama, você não pode ter um clube. Se não vira casa de show. Tem gente que prefere fazer cinco shows. E tudo bem. Mas eu prefiro ganhar títulos."
Apesar de reconhecer a utilidade do sintético em centros de treinamento, o presidente do Fluminense ressaltou as mudanças no jogo causadas por esse tipo de gramado, incluindo a alteração no ritmo dos jogadores e no quique da bola. Ele argumentou que, embora seja aprovado pela FIFA, o sintético não necessariamente é benéfico, ressaltando que em 80% dos jogos o gramado é natural.
Bittencourt ainda provocou o Botafogo, mencionando a mudança do gramado sintético para natural no Nilton Santos e a subsequente perda de um jogo. Ele citou o técnico do Grêmio, que comentou que, se fosse em gramado sintético, o jogador Suárez não teria atuado. O dirigente defendeu sua posição baseada na tradição do futebol em campos naturais e nas variações no desempenho das equipes ao se adaptarem ao sintético.