De acordo com um levantamento divulgado pelo Observatório de Futebol CIES nesta quarta-feira, o Benfica se destaca como o clube com a base mais lucrativa do mundo nos últimos 10 anos. Entre 2014 e 2023, os portugueses registraram uma receita de 516 milhões (equivalente a R$ 2,77 bilhões) com transferências de jogadores formados no clube.
Enquanto isso, o Flamengo sobressai como o time com a base mais rentável fora da Europa, posicionando-se em 13º lugar no ranking mundial, com uma receita de 228 milhões (R$ 1,22 bilhão). Este levantamento abrange os 100 clubes que mais geraram receita ao longo da última década com atletas formados em suas bases, com critérios que incluem jogadores que permaneceram pelo menos três temporadas no clube, entre os 15 e 21 anos de idade.
O time carioca negociou 27 jogadores formados em sua base entre 2014 e 2023, observando um notável aumento nas receitas das transferências nos últimos cinco anos. Entre 2014 e 2018, as vendas renderam ao Flamengo 66 milhões, enquanto entre 2019 e 2023, essa quantia subiu para 162 milhões. Destaca-se a venda mais lucrativa, em 2018, de Vinicius Junior para o Real Madrid por 45 milhões.
Além do Flamengo, outros clubes brasileiros também aparecem no ranking global dos mais lucrativos com suas bases. O River Plate fica em 14º lugar, seguido pelo Palmeiras na 28ª posição, o Santos em 29º e o São Paulo em 31º. Outros clubes brasileiros figuram na lista dos 100 mais rentáveis, como Fluminense, Grêmio, Corinthians, Vasco e Athletico Paranaense, demonstrando o potencial lucrativo das categorias de base no futebol nacional.
No cenário europeu, o Ajax se destaca na segunda posição, com 376 milhões de receita, seguido pelo Lyon, Real Madrid, Chelsea e outros. A presença de clubes sul-americanos no ranking global, além do Flamengo e River Plate, como Palmeiras, Santos e São Paulo, ressalta a relevância e o sucesso das bases na região.
Este relatório reforça a importância estratégica das categorias de base no desenvolvimento e lucratividade dos clubes de futebol, bem como o potencial do mercado de transferências para equipes ao redor do mundo.