O Real Madrid surpreendeu o mundo do futebol ao anunciar a renovação do contrato do técnico italiano Carlo Ancelotti por mais duas temporadas, estendendo seu vínculo até 2026. A notícia frustrou os planos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de tê-lo como sucessor de Tite no comando da Seleção Brasileira.
De acordo com informações do jornal espanhol Relevo, o Real Madrid tinha como objetivo assegurar a continuidade de Ancelotti antes do Natal, objetivo alcançado após reunião do treinador com os dirigentes do clube merengue antes do período de folga de final de ano.
O comunicado oficial do Real Madrid ressaltou as conquistas notáveis de Ancelotti, destacando-o como o único treinador a ganhar quatro vezes a Liga dos Campeões e detentor do maior número de vitórias na história da competição (118). Além disso, ele é reconhecido como o primeiro técnico a vencer os cinco principais campeonatos europeus (Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha).
Os rumores sobre Ancelotti assumir a Seleção Brasileira a partir de junho de 2024 surgiram no meio do ano, quando o então presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, mencionou um acordo nesse sentido. No entanto, o italiano nunca confirmou esses planos, mantendo o foco em sua função no Real Madrid.
Com a nomeação de Fernando Diniz como técnico da Seleção por um contrato de 12 meses, inicialmente planejado como uma solução temporária até a chegada de Ancelotti, o treinador assumiu a função enquanto continuava no comando do Fluminense.
Entretanto, a situação na CBF mudou quando Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo pela Justiça no início de dezembro. Essa incerteza no comando da entidade foi percebida como um fator que beneficiou as negociações do Real Madrid com Ancelotti. O envolvimento da Justiça comum no futebol brasileiro levantou preocupações, e a Fifa está programada para visitar o Brasil em 8 de janeiro para compreender a situação, podendo até mesmo aplicar punições à Seleção e aos clubes brasileiros devido à interferência judicial.