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Coqueluche no Brasil

Morte de bebê por coqueluche no Paraná é a primeira em três anos no Brasil; Entenda a doença

A vítima, uma menina prematura de Londrina, estava com atraso nas vacinas e faleceu em 30 de junho.


Após cinco anos sem registros de óbitos, o Paraná confirmou a morte de um bebê de seis meses por coqueluche. Este é o primeiro caso de morte pela doença no Brasil em três anos, conforme o Ministério da Saúde. A vítima, uma menina prematura de Londrina, estava com atraso nas vacinas e faleceu em 30 de junho de 2024.

A última vez que a coqueluche causou mortes no Brasil foi em 2019, com 11 vítimas, e em 2020, com um óbito. A Secretaria de Saúde do Paraná investiga outra possível morte por coqueluche, de um bebê de três meses em Irati.

A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é transmitida por gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas incluem tosse seca e febre. Crianças não vacinadas correm maior risco de desenvolver casos graves e até fatais.

No Brasil, a vacinação contra coqueluche está no calendário de imunização infantil e é oferecida na rede pública. A vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por H. influenzae tipo B. São necessárias três doses aos dois, quatro e seis meses, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos com a vacina tríplice bacteriana (DTP).

O Ministério da Saúde reforça a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para gestantes, que devem receber a vacina tríplice bacteriana acelular (DTpa) após a 20ª semana de gestação. A vacinação durante a gestação é crucial para proteger recém-nascidos, pois os anticorpos são transferidos da mãe para o bebê pela placenta.

A cobertura vacinal no Brasil está em 65,82% para a DTpa em 2024. Caso a vacina não seja administrada durante a gestação, pode ser aplicada no puerpério até 45 dias pós-parto, embora a proteção seja limitada.

O Brasil confirmou 339 casos de coqueluche em 2024, um aumento de 56,2% em relação ao ano anterior. A baixa cobertura vacinal tem contribuído para o ressurgimento de doenças evitáveis como coqueluche, sarampo e meningite.

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) relatou mais de 32 mil casos de coqueluche na Europa entre janeiro e março de 2024, um aumento significativo comparado ao ano anterior. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também apontou um aumento global de casos, atribuído ao impacto pós-pandemia e à baixa cobertura vacinal.

No Brasil, a cobertura vacinal atingiu 96,9% em 2015, caiu para 70,9% em 2019, mas vem subindo desde 2022, alcançando 82,62% em 2024. Globalmente, a cobertura vacinal caiu para 81% durante a pandemia, mas subiu para 84% nos últimos dois anos.

O Paraná lançou uma força-tarefa para aumentar a cobertura vacinal, focando em vacinas para crianças e adolescentes, incluindo Influenza, pentavalente, DTP, pneumocócica 10 e poliomielite, que têm baixa adesão no estado.

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