Na manhã desta quarta-feira (4), a Polícia Federal deu início à Operação Second Place, com o intuito de combater crimes financeiros em diferentes estados do país. Em Santa Catarina, especificamente em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, foram executados um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão.
A ação se estende a outras localidades, abrangendo as cidades de Itapetininga/SP, Campinas/SP, Cabo de Santo Agostinho/PE, Paulista/PE e Belmonte/BA. A Polícia Federal também solicitou o bloqueio de bens de nove pessoas físicas e seis pessoas jurídicas.
As investigações tiveram início a partir da Operação Technikós, desencadeada em 27 de setembro de 2022. Segundo apurado, a associação criminosa em questão é liderada por um indivíduo de nacionalidade mexicana, residente no Brasil, que se fazia passar indevidamente por representante de uma marca de automóveis italianos.
Além de comercializar produtos da referida marca, o investigado esteve envolvido na criação de uma criptomoeda relacionada à empresa e se associou a criminosos de outros estados para realizar pirâmides financeiras e movimentações de capital sem autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O indivíduo já possui uma condenação nos Estados Unidos, datada de 16 de junho de 2020, por falsificação de contrato e assinatura, resultando em uma multa de seis milhões de dólares.
Os delitos sob investigação incluem associação criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, estelionato, fraude com ativos virtuais, valores mobiliários ou ativos financeiros, e evasão de divisas. A soma das penas para esses crimes pode totalizar até 21 anos de reclusão.