Nesta quinta-feira (01/02), a Federação Catarinense de Futebol (FCF) e o Brusque Futebol Clube informaram que não utilizarão do Estádio Municipal Eduardo Zeferino, em Balneário Camboriú, para jogos do Campeonato Catarinense de Futebol, até que sejam corrigidos os problemas de segurança apontados por laudo da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), conforme recomendou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
De acordo com a 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú, o laudo da PMSC listou uma série de problemas e concluiu que o estádio "não apresenta as mínimas condições de segurança para ser palco de campeonatos de futebol profissional com a presença de público, pois expõe a vida e a saúde dos participantes a perigo direto e iminente".
O parecer apontou a necessidade de aumentar em um metro a altura do muro em pontos sensíveis para a entrada de torcedores, materiais ou objetos ilícitos, como armas e drogas; problemas estruturais de alvenaria e materiais de construção soltos no solo por todo o estádio; e falta de isolamento entre a arquibancada visitante e o muro dos fundos, onde há materiais (pedras, galhos e madeiras) que podem servir como armas.
O laudo foi realizado após registros de violência entre as torcidas do Brusque e Figueirense, que jogaram no local dia 27 de janeiro. A conclusão da PMSC foi pela necessidade de interdição imediata do estádio, evitando que os riscos da partida entre Brusque e Figueirense se repitam.
A informação sobre a não utilização do estádio foi dada em audiência extrajudicial realizada na 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú. Participaram da reunião, representando o 12º Batalhão da PMSC, o Tenente Coronel Eder Jaciel de Souza Oliveira e o Major Iuri Coura Lima. Pela FCF, esteve presente o procurador Rodrigo Goeldner Capella e pelo Brusque Futebol Clube, o presidente Carlos Fernando Crispim e o diretor jurídico Lucas Queiroz Fernandez. Também participou do encontro o superintendente da Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú, Osmar de Miranda.