O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, surpreendeu a comunidade esportiva ao anunciar, durante a sessão do Pleno, a decisão de não realizar conversões de penas para atletas punidos por manipulação de resultados no futebol. O comunicado frustrou os planos imediatos de retorno de jogadores como Alef Manga, do Coritiba, Igor Cariús, do Sport, Eduardo Bauermann (sem clube) e Vitor Mendes (sem clube).
José Perdiz, que retornou à presidência do STJD após um período na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), explicou que o Pleno decidiu administrativamente não permitir as conversões neste momento. Isso afeta diretamente atletas como Alef Manga, que já haviam quitado multas impostas pelo tribunal e iniciado o processo de conversão de pena com o então presidente em exercício, Felipe Bevilacqua.
A expectativa da defesa dos atletas é que um novo pedido seja feito em abril para a conversão de penas e o retorno ao futebol. A conversão de parte da pena é uma prática prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), aceita pelo STJD anteriormente. No entanto, Perdiz destacou durante a sessão que o Pleno discutiu questões como internacionalização das penas e descumprimento do pagamento de multas, levando à decisão de suspender as conversões temporariamente.
No passado, a conversão de pena era possível a partir do cumprimento da metade da pena, envolvendo a doação de cestas básicas e valores para instituições de caridade. Atletas como Alef Manga, Igor Cariús, Eduardo Bauermann e Vitor Mendes, cada um com suas respectivas punições e multas, agora enfrentam um novo cenário em busca de retorno aos gramados, aguardando a evolução dos acontecimentos nos próximos meses.
Alef Manga foi suspenso por 360 dias, em agosto de 2023, por ter recebido cartão amarelo no jogo contra o América Mineiro, em 2022. A pena começou a ser cumprida logo após o julgamento pelo pleno no dia 9 de agosto. Ele pagou multa de R$ 50 mil. E faria doação de cestas básicas.
Igor Cariús pagou multa no valor de R$ 60 mil, ao longo de seis meses (R$ 10 mil por mês), além de uma doação de 20 cestas básicas, que serão destinadas a instituições de caridade.