Em um ano e dois meses, Santa Catarina registrou a prisão de 17 prefeitos, marcando uma série de desdobramentos desde a primeira fase da operação Mensageiro, em dezembro de 2022. Com a recente detenção do prefeito de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), na quarta-feira (24), a operação Travessia foca em suspeitas de desvios de recursos na cidade, adicionando mais um capítulo a uma sequência de escândalos.
A ação do Gaeco, órgão de combate à corrupção do Ministério Público (MP-SC), abrangeu quatro regiões catarinenses, revelando um esquema de corrupção admitido por agentes públicos e privados envolvidos na investigação da promotoria. Embora todos os prefeitos envolvidos nos escândalos do lixo tenham sido soltos, muitos renunciaram aos cargos.
As prisões consecutivas servem como alerta à população sobre a importância de acompanhar de perto as ações nas prefeituras. Embora os processos estejam em curso na Justiça, já há condenações em casos da operação Mensageiro, indicando um avanço nos casos de corrupção em municípios catarinenses.
Essa triste marca de 17 prefeitos presos ao longo do último ano exige atenção nas discussões públicas. Santa Catarina, apesar de seus índices econômicos e de qualidade de vida, não pode aceitar o rótulo da corrupção sem reagir com uma fiscalização mais efetiva da própria população.
Nesse cenário, destaca-se o trabalho positivo do MP-SC. Órgãos de fiscalização ativos e independentes são fundamentais para que o combate à corrupção atinja seus objetivos. A revelação de cada caso representa o cumprimento do papel da promotoria, contribuindo para que o Estado repreenda casos que desvirtuem a gestão pública.