O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) da Argentina divulgou nesta terça-feira, 12, que a inflação do país recuou para 8,8% em abril, depois de ter sido de 11% em março. Esse é o quarto mês consecutivo de queda nos preços, que haviam atingido um pico de 25,5% em dezembro.
No entanto, o índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses continuou a subir na Argentina chegou a 289,4%, o maior valor registrado em décadas. Em março, essa soma anual estava em 287,9%.
Os dados do INDEC mostram que o setor de moradia, água e energia foi o que mais contribuiu para a inflação em abril, com uma variação de 35,6%. Em seguida, os setores que mais influenciaram foram comunicação (14,2%), vestuário e calçados (9,6%) e saúde (9,1%).
Em um esforço para conter a inflação, o Banco Central da Nação Argentina lançou uma nova cédula de ARS$ 10 mil (pesos), equivalente a R$ 58 na cotação atual. Até então, a nota de maior valor em circulação era de ARS$ 2 mil, cerca de R$ 12,60.
O Banco Central da Argentina informou que as novas cédulas serão distribuídas gradualmente nos bancos e caixas eletrônicos do país. Além disso, uma nova nota de ARS$ 20 mil, equivalente a cerca de R$ 115,90, está prevista para ser lançada até o fim deste ano.
De acordo com o jornal argentino Clarín, as estimativas preliminares do INDEC para maio são positivas. Os analistas esperam que o registro deste mês feche entre 4% e 5%. O índice foi empurrado para baixo, depois que o governo de Javier Milei decidiu travar o aumento das tarifas de eletricidade e gás, que estavam previstos para o mês.
Fonte: Revista Oeste