Tragédia no Hospital Ruth Cardoso: Família Vive Pesadelo Após Suposto Erro Médico

O que era para ser o momento mais feliz da vida de uma família em Balneário Camboriú se transformou em um pesadelo no Hospital Municipal Ruth Cardoso. Durante o parto, um possível erro médico resultou na perda de um bebê, gerando revolta e comoção.

Em entrevista exclusiva ao portal DeOlhoBC, o pai relatou sua profunda indignação. Segundo ele, no momento da cirurgia, o médico responsável — identificado apenas pela inicial "D" — teria abandonado o procedimento, se escondido em uma sala e desaparecido do hospital, deixando a equipe em desespero. A intervenção rápida de outro médico, experiente e sensível, foi essencial para salvar a vida da mãe, que, segundo o relato, chegou a receber orações do profissional durante a operação.

A revolta da família não se resume apenas à irreparável perda do filho, fruto de muito esforço e preparação financeira e emocional. O comportamento do médico, que sumiu sem prestar esclarecimentos, foi apontado pelo pai como um ato de extrema negligência.

A equipe do DeOlhoBC acompanhou o pai em reuniões realizadas a portas fechadas no hospital durante a manhã. A principal pergunta feita por ele às autoridades hospitalares foi direta: "Cadê o médico que sumiu?"

Durante os encontros, a diretoria do hospital entregou ao pai um prontuário médico que, segundo análise da equipe de reportagem, apresentava informações inconsistentes e incompletas. O documento foi rapidamente questionado pelo pai, que buscava respostas claras sobre o ocorrido, mas a diretora do hospital não soube fornecer esclarecimentos no momento.

Sensibilizados com o caso, a prefeita Juliana Pavan e o vice-prefeito Nilson Probst estiveram pessoalmente no hospital. Consternados, eles determinaram a abertura imediata de uma investigação interna, colocaram toda a estrutura da Prefeitura à disposição da família e se solidarizaram com a dor do pai, demonstrando apoio e compromisso com a apuração dos fatos. Durante a visita, a prefeita também percorreu as instalações do hospital, cobrando melhorias no atendimento.

Importante destacar que, conforme presenciado pela equipe do DeOlhoBC, em nenhum momento houve tentativa por parte da administração hospitalar ou da prefeitura de ocultar informações da família ou da imprensa.

Nota Oficial

A Prefeitura de Balneário Camboriú acompanha com atenção os desdobramentos do óbito de um recém-nascido no Hospital Municipal Ruth Cardoso, na noite de sexta-feira (25). A mãe da criança está recebendo todos os cuidados e passa bem.

A prefeita Juliana Pavan e o vice, Nilson Probst, tomaram ciência do caso nas primeiras horas da madrugada e estiveram no hospital na manhã deste sábado (26) para prestar solidariedade à família, buscar informações precisas sobre o fato e cobrar pronta apuração à equipe técnica da unidade de saúde.

A prefeita e o vice conversaram longamente com o pai do bebê e prestaram apoio. Foi determinado que o hospital forneça todas as informações requisitadas pela família, incluindo o prontuário médico. A pedido da prefeita, funcionários do HMRC foram colocados à disposição para testemunharem sobre o ocorrido, se requisitados.

A Secretaria de Saúde acionou a Comissão de Óbito, o Comitê de Ética, e afastou preventivamente o médico responsável pelo atendimento, até que seja concluída uma sindicância para apurar se houve irregularidade ou negligência. A empresa terceirizada que presta o serviço médico, à qual o profissional está vinculado, foi notificada.

Juliana Pavan e Nilson Probst requisitaram que a apuração seja rápida e precisa.

O governo municipal reitera as condolências à família neste momento de dor e pesar.

O que já foi feito:

1. Acolhimento à Família: suporte psicológico e informações sobre os procedimentos.

2. Afastamento Cautelar: do médico obstetra responsável até esclarecimento das circunstâncias.

3. Sindicância Interna: investigação das condições que levaram ao óbito.

4. Protocolo com a Comissão de Óbito: análise sistemática do evento.

5. Investigação pelo Comitê de Ética: conformidade das práticas assistenciais.

6. Acesso ao Prontuário: solicitação do prontuário da gestante do acompanhamento pré-natal.

7. Encaminhamento ao SVO: elaboração de laudo técnico.

Além disso, foi determinada a participação ativa da responsável pela rede Alyne na investigação, com prazo de 72 horas para entrega de parecer técnico, e a empresa responsável pelo serviço médico foi notificada para o afastamento imediato do profissional envolvido.