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Câmara de Vereadores de Balneário, rejeita moção de repúdio contra Afonso Padilha em sessão esvaziada Parlamentares alegam defesa da liberdade de expressão e criticam uso político da proposta

Com a ausência de seis dos 19 vereadores, a sessão foi parcialmente esvaziada

Por Deolhobc em 22/04/2025 às 21:49:58

A Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú rejeitou, na sessão de terça-feira (22), a Moção de Repúdio nº 155/2025, apresentada pelo vereador Elton Garcia (PSD) contra o humorista Afonso Padilha.

A proposta, que acusava o comediante de falas "machistas, preconceituosas e ofensivas" à cidade e às mulheres, foi votada em meio a uma sessão marcada por debates acalorados e pela ausência de parte dos parlamentares.

Segundo o autor da moção, Padilha teria ultrapassado os limites do humor em um show de stand-up e em um vídeo publicado nas redes sociais. No entanto, parte dos vereadores considerou que o caso não deveria ser tratado no âmbito legislativo, defendendo a liberdade de expressão e criticando o uso político da moção.

Os vereadores Guilherme Cardoso, Mazinho Miranda e Marcelo Achutti argumentaram que o show foi realizado em evento privado e pago, sem caráter institucional, e que o conteúdo humorístico não caberia como pauta do Legislativo. Renan Bolsonaro também se manifestou, destacando que o tema desvia o foco de discussões mais relevantes para o município.

Guilherme Cardoso acrescentou que, ao invés de reagir com repúdio, a cidade deveria refletir sobre sua imagem pública e estratégias de posicionamento a nível nacional.

Com a ausência de seis dos 19 vereadores, a sessão foi parcialmente esvaziada, e a condução dos trabalhos ficou sob responsabilidade de Vitor Forte e Marcelo Achutti. Apenas 13 parlamentares participaram da votação.

Resultado da votação:

Contra a moção:

Assinil, Marcelo Achutti, Mazinho Miranda, Guilherme Cardoso, Renan Bolsonaro, Naifer e Vitor Forte.

A favor da moção:

Elton Garcia, Ricardinho, Alessandro Teco, Cica Muller, Elizeu e Samir.

A rejeição da moção foi interpretada por alguns vereadores como uma defesa à liberdade de expressão e uma sinalização de que o Legislativo deve priorizar pautas estruturais. Outros, no entanto, avaliaram que a situação poderia ter servido como oportunidade para reposicionar a imagem da cidade.

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