A Justiça de São Paulo aceitou a denĂșncia do MinistĂ©rio PĂșblico Eleitoral e abriu processo contra o deputado federal Mario Frias (PL-SP). Ele Ă© acusado de disseminar notĂcias falsas sobre o presidente Lula durante a campanha eleitoral de 2022.
O caso teve origem em uma postagem feita por Frias na rede social X (antigo Twitter), na qual ele associava Lula ao trĂĄfico de drogas. A publicação continha uma foto de Lula usando um bonĂ© com a sigla "CPX", que, segundo a denĂșncia, foi distorcida por Frias para ligar o presidente a facções criminosas.
O promotor Silvio Marques argumenta que Frias violou o artigo 323 do Código Eleitoral, que pune a divulgação de informações sabidamente falsas com o objetivo de influenciar o eleitorado. A juĂza CecĂlia Pinheiro da Fonseca, da 6ÂȘ Zona Eleitoral de São Paulo, aceitou a denĂșncia por considerar que hĂĄ indĂcios suficientes de autoria e materialidade do delito.
Em outubro de 2022, durante visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Lula recebeu de moradores um bonĂ© com a inscrição "CPX", abreviação para "complexo de favelas".
Segundo o MinistĂ©rio PĂșblico Eleitoral, Mario Frias distorceu o significado da sigla para associar o presidente ao trĂĄfico de drogas. O deputado publicou no X (antigo Twitter) uma imagem de Lula usando o bonĂ© com o texto: "GĂria utilizada pelo crime CPX = cupinxa, parceiro do crime".
"O denunciado, assim, agiu com a intenção de ligar a figura de Luiz InĂĄcio Lula da Silva a facções criminosas que atuam no municĂpio do Rio de Janeiro e, com isso, influenciar os eleitores a não votarem no referido candidato" diz um trecho da denĂșncia.
Frias terĂĄ agora dez dias para apresentar sua defesa por escrito.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA