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Encontro de Lula com prefeitos é visto como 'tiro no pé'

Bloqueio de bilhões pelo STF e impasse orçamentário geram preocupações para o governo.

Por De Olho BC em 10/02/2025 às 19:06:51

O governo Lula promove um encontro com novos prefeitos eleitos em 2024, em meio a um cenĂĄrio de fortes tensões polĂ­ticas e incertezas financeiras.

A reunião, prevista para 11 de fevereiro de 2025, tem como objetivo fortalecer parcerias entre o governo federal e os municĂ­pios. No entanto, aliados do presidente expressam preocupação, considerando o evento um 'tiro no pĂ©'.

O principal motivo para essa preocupação Ă© o bloqueio de bilhões de reais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), alĂ©m da pendĂȘncia na votação do orçamento de 2025.

Prefeitos eleitos enfrentam sĂ©rios desafios financeiros, com obras e projetos paralisados devido à decisão do STF. A falta de recursos compromete a capacidade de honrar despesas e anunciar novas medidas, deixando-os em situação delicada.

"O evento Ă© uma mera visita a BrasĂ­lia, com custos cobertos pelos contribuintes municipais."

Dirigentes do Centrão.

A tensão entre o Congresso e o STF se intensifica. O presidente da Câmara, Hugo Motta, prevĂȘ a votação do orçamento apenas para março, um atraso que muitos consideram uma retaliação ao STF pelo bloqueio de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares.

Parlamentares esperam um acordo entre o STF e o Planalto, possivelmente mediado por FlĂĄvio Dino, ex-ministro de Lula, que justificou o bloqueio alegando falta de transparĂȘncia. Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, planejam reuniões com Dino para buscar a liberação dos recursos.

As declarações de Motta a favor da anistia aos presos do 8 de janeiro são vistas como uma pressão ao STF, que se opõe ao projeto. Lula estarĂĄ presente na abertura do evento com os prefeitos. O convite destaca os 5.568 municĂ­pios que elegeram novos gestores em 2024.

Em meio à crise, especulações sobre uma reforma ministerial crescem. LĂ­deres do Centrão questionam a amplitude das mudanças planejadas por Lula, com ajustes pontuais sendo a opção mais provĂĄvel. Uma reforma ampla poderia piorar o clima com a base aliada.

Isnaldo Bulhões Ă© cotado para o cargo de Relações Institucionais, mas sua nomeação depende de acomodações polĂ­ticas com Arthur Lira. A atual cota de Alagoas no governo Ă© ocupada por Renan Filho, filho de Renan Calheiros, adversĂĄrio de Lira.

*Reportagem produzida com auxĂ­lio de IA

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